É um instrumento de percussão muito vulgar e popular na Região Autónoma da Madeira e um dos mais queridos, senão o mais querido do povo e dos turistas que nos visitam. Este conjunto de sete bonecos de pano tem, no seu interior, na maior parte dos casos, serradura e são revestidos com trajes típicos do nosso arquipélago, portadores de castanholas, situadas vulgarmente nas costas dos bonecos, dispostos em roda de dois arcos circulares, construídos em arame grosso. Toda esta engrenagem assenta numa cana vieira, possuindo na parte inferior um cabo em madeira (onde o tocador pega, normalmente, com a mão direita), preso a uma verga de arame centralizado no interior da mesma que, por sua vez, é ligado aos arcos circulares, acima descritos, ficando a mão esquerda fixa na cana que suporta todo o este esquema. Toca-se num movimento de acima e abaixo, de modo a ser possível percutir as castanholas. O brinquinho (em algumas zonas também chamado de bailinho), não teve a sua origem nesta ilha, dizendo-se que talvez seja de origem minhota, onde é conhecido por zuca-truca. Há quem defenda também ser de origem africana, o que não nos parece muito impossível, visto que, ao cumprir serviço militar em Luanda, capital de Angola ex-colónia Portuguesa, tivemos a possibilidade de observar alguns instrumentos afins, com as castanholas construídas com formas de cabeças de animais. O brinco era o termo vulgarmente usado para definir outrora, um conjunto de romeiros a tocar e a cantar a caminho e nos arraiais, muito característicos na nossa ilha. É um marcador de ritmo, por excelência, na maioria dos grupos folclóricos existentes nesta ilha. Apesar de não ser de origem madeirense é, no entanto, um dos souvenirs mais apreciados e adquiridos como ex-libris do folclore desta ilha.
|